O trem partiu, sou seu passageiro
Fugindo da fúria de um tempestuoso fevereiro
E das entranhas do nevoeiro surgia o mensageiro
Contemplando as ruínas do cigarro no cinzeiro
A raiva queima como um retrato em chamas
No coração de uma memória sem esperanças
Eu sou a rosa murcha que sobre a grama descansa
Apodrece o teu jardim sob os punhos da vingança
Como as águas do rio e as nuvens cinzentas no céu
A lua minguante e a poeira sob os escombros
O sol nascente no horizonte e o avião de papel
Viajantes no ventre da morte que vieram tocar teus ombros
Fugindo da fúria de um tempestuoso fevereiro
E das entranhas do nevoeiro surgia o mensageiro
Contemplando as ruínas do cigarro no cinzeiro
A raiva queima como um retrato em chamas
No coração de uma memória sem esperanças
Eu sou a rosa murcha que sobre a grama descansa
Apodrece o teu jardim sob os punhos da vingança
Como as águas do rio e as nuvens cinzentas no céu
A lua minguante e a poeira sob os escombros
O sol nascente no horizonte e o avião de papel
Viajantes no ventre da morte que vieram tocar teus ombros
Eu sou a labareda que toca o teto estrelado da noite
Converte em cinzas as páginas do livro do viajante
As palavras se perdem na insanidade do fogo de um isqueiro
O passado sobe como a fumaça, a história cai sobre o cinzeiro
A paisagem das verdes colinas corre pela janela
E os fragmentos de um futuro deslizam lentamente
Como a parafina que escorre pela vela
E os sentimentos brigam por poder na escuridão da mente
A chuva cai sobre os desertos vilarejos
As artérias pulsam medos e desejos
As lágrimas agora tocam o áspero chão
Onde repousam as sombras da solidão
Eu sou a labareda que toca o teto estrelado da noite
Converte em cinzas as páginas do livro do viajante
As palavras se perdem na insanidade do fogo de um isqueiro
O passado sobe como a fumaça, a história cai sobre o cinzeiro
(Mateus Almeida, 28.03.2012)
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