segunda-feira, 4 de junho de 2012

Jar Of Dead Flowers

Life is an unfunny joke
That's all I've got to say
After its deepest stroke
The price I've got to pay

I'm coming back home
All my trust in you has gone
How can you even look in my eyes
And tell me these shameless lies

Just take a look and then you'll see
This life is a broken jar of dead flowers
It's a grave of lost and buried dreams
And you're just another dying flower

You're the dying flower in the jar
  

The judge and its mortise
Declare the sentence for the guilty
Blame the heart's disguise
For the poisoning of beauty

Those hidden and unforgiven words
Remain on the hands of deception
You've betrayed all the help I gave to you
Now I offer the coldness of my actions

Why can't you see
It's so hard for me
To look at you and shout my feelings out
When I don't even know what I'm feeling now

Just take a look and then you'll see
This life is a broken jar of dead flowers
It's a grave of lost and buried dreams
And you're just another dying flower

You're the dying flower in the jar

Pull away the curtains that uncover the secrets of my mind
Bring the bright to light the darkness over feelings of my heart
Take out your puncher pointing finger from the front of my eyes
Cause you can't try to blind me anymore

I'm walking through the darkness
The arms of oblivion awaits me
Right after the devastating trial
I'll put all my sins in denial

Why can't you see
It's so hard for me
To look at you and shout my feelings out
When I don't even know what I'm feeling now

Just take a look and then you'll see
This life is a broken jar of dead flowers
It's a grave of lost and buried dreams
And you're just another dying flower

You're the dying flower in the jar


(Mateus Almeida, 04.06.2012)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dawn Of The Crystal Winds


Fog curtains hides the gray skies
Cold wind blows over the silent path
Trees shelter serenity tides
Smooth voice of landscape step


Violet clouds are staring at us
Crescent moon and the golden lights
Colour the ground like living art
Symphony of the glowing silence


Green mountains are tinted gray
Shy sun walks through the running clouds
A new day is carried by the arms of may
The joy of living is shouting out loud


I want to deliver my soul to the radiant dawn
Feel the wind whistle inside out your spirit
The winds will only take you higher and higher
Embrace its rays until water and fire become one


Nightfall comes
The lights are turning on in the sky
The night here comes
Our ceiling is fulfilled with changing bright


Fog, Moon, Wind and Light
Fog, Moon, Wind, Night
Sun, Cloud, Trees, Bright
Leaves, Mountains, Might


Feel inside you
The dawn of the crystal winds
Feel inside you
Fill it inside you


I want to deliver my soul to the radiant dawn
Feel the wind whistle inside out your spirit
The winds will only take you higher and higher
Embrace its rays until water and fire become one


I want to deliver my soul to the radiant dawn
Feel the wind whistle inside out your spirit
The winds will only take you higher and higher
Embrace its rays until water and fire become one


Feel inside you
The dawn of the crystal winds
Feel inside you
Fill it inside you

(Mateus Almeida, 10.05.2012)

 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cinzeiro

O trem partiu, sou seu passageiro
Fugindo da fúria de um tempestuoso fevereiro
E das entranhas do nevoeiro surgia o mensageiro
Contemplando as ruínas do cigarro no cinzeiro

A raiva queima como um retrato em chamas
No coração de uma memória sem esperanças
Eu sou a rosa murcha que sobre a grama descansa
Apodrece o teu jardim sob os punhos da vingança

Como as águas do rio e as nuvens cinzentas no céu
A lua minguante e a poeira sob os escombros
O sol nascente no horizonte e o avião de papel
Viajantes no ventre da morte que vieram tocar teus ombros



Eu sou a labareda que toca o teto estrelado da noite
Converte em cinzas as páginas do livro do viajante
As palavras se perdem na insanidade do fogo de um isqueiro
O passado sobe como a fumaça, a história cai sobre o cinzeiro

A paisagem das verdes colinas corre pela janela
E os fragmentos de um futuro deslizam lentamente
Como a parafina que escorre pela vela
E os sentimentos brigam por poder na escuridão da mente

A chuva cai sobre os desertos vilarejos
As artérias pulsam medos e desejos
As lágrimas agora tocam o áspero chão
Onde repousam as sombras da solidão

Eu sou a labareda que toca o teto estrelado da noite
Converte em cinzas as páginas do livro do viajante
As palavras se perdem na insanidade do fogo de um isqueiro
O passado sobe como a fumaça, a história cai sobre o cinzeiro


(Mateus Almeida, 28.03.2012)

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Ego Ilusionista

Não existem coisas como certo ou errado, bem ou mal. Esses são meros conceitos presentes na linguagem do homem, que por sua vez, consiste em um meio de comunicação repleto de vícios. A vida é algo complexo e é muito maior do que costumamos imaginar. Nossa linguagem demonstra um atraso de desenvolvimento espiritual e social que é responsável pelo nosso aprisionamento nessa ilusão de mundo que experienciamos, impedindo nosso avanço e a obtenção de novos entendimentos e visões acerca do universo. Os valores impostos na sociedade transmitem a cada indivíduo uma maneira de corromper a si mesmo, que o leva a absorver os vícios e as energias involutivas de seu ambiente, por meio da linguagem humana. Cresce em si, preconceitos, opiniões, conflitos internos, e principalmente, desenvolve-se o ego. Somos bombardeados o tempo inteiro, desde que nascemos, com o constante caos da vida humana, um estado de permanente confusão e inquietação que nos afasta da real essência do nosso mundo.

Tomar consciência desse fato não é tão difícil. A grande questão mesmo se trata da efetiva aplicação dessa realidade no cotidiano ilusório diário. A parte teórica sempre se revelou mais simples de ser absorvida pelas pessoas em geral, mas a sua respectiva parte prática sempre confere uma nova perspectiva sobre a teoria que passa gradualmente a se apresentar complexa diante das dificuldades de sua aplicação. O que se percebe diante da tomada de consciência sobre a natureza da realidade humana é o desafio que se assume em sua consequência. Como subtrair os vícios recorrentes na sociedade decorrentes da comunicação humana desvirtuosa? Afinal, o ego está desenvolvido em cada um de nós, e ele sempre será responsável pelo retrocesso espiritual do homem, tendo em vista que devido à sua existência infiltrada no espírito humano, há sempre a tendência de nós voltarmos a insistir em nossos próprios erros, apoiando-nos nos valores conceituais presentes na sociedade, que por sua vez, é responsável pelo estímulo à realimentação do ego.

O ego é, portanto, o grande vício do homem. É ele quem é responsável pela ilusão experienciada diariamente que interpretamos como realidade, consequentemente, trata-se do grande causador do sofrimento no indivíduo. Existe uma grande guerra acontecendo dentro de nós mesmos neste exato momento. Trata-se da batalha da nossa consciência contra o ego. Uma criança, quando aflita, temendo a reação de seus pais, tende a esconder sua ação praticada que lhe julga ser inconveniente, tendo em vista o temor em si da possível correção que poderá ser aplicada por quem lhe é responsável. Assim é o ego, que tende a esconder seus defeitos e a consequência de tais defeitos da consciência, criando aquilo que conhecemos como inconsciente, que por sua vez, é como um baú trancado com cadeados que guarda secretamente todas as incriminações do ego.

O nome deste blog não é por acaso. "Ilusões de um espelho vivo" é justamente o que experienciamos nessa existência. É intrigante pensar que justamente aquilo que geralmente apontamos nos outros é algo que apontamos em nossa própria direção. Quando um ego avista outro ego, ele vê a si próprio. A ilusão é de que ele está vendo um outro ego, mas trata-se de si mesmo, com exatamente as mesmas características. Aquilo que criticamos
nos outros é geralmente aquilo que está presente em nós mesmos, mas mal nos damos conta de perceber, justamente porque há uma criança fugindo de sua correção. O ego teme a si mesmo.

Como será que podemos abandonar essa ilusão vestida de realidade? Como podemos nos desfazer de nossos egos? Ainda não tenho a resposta pra isso, mas é isso que busco obter na minha existência. Talvez seja essa um dos grandes propósitos de estar vivo. Sinto-me como um cobaia da vida, e as pessoas são minhas cobaias. Sem dúvida, isso de certa forma é lamentável, mas acredito que eu não seja o único, o que também não retira de mim a responsabilidade por tal sensação e visão de mundo. Acredito que dentro de nós, nosso grande ideal é amar, cuidar e viver bem com aquelas pessoas que estão a nossa volta. Mas o ego atrapalha, e somos também responsáveis por isso.

sábado, 24 de dezembro de 2011

A Jaula dos Paraplégicos

Há um caminho escuro e sinuoso pelo qual a maioria das pessoas percorrem desde pequenas. Através dele, os bebês começam a engatinhar, até então, passarem a dar os primeiros passos com a ajuda daqueles que se dizem ser os mestres. Mas, o que é fascinante, e oposto do que se espera, é que esses seres jamais aprenderão a andar sozinhos... não enquanto eles estiverem se permitindo a serem guiados por esses auto-intitulados mestres e a serem conduzidos por esse mesmo caminho até o dia em que a morte erguer a palma da mão e interromper sua caminhada.

Enquanto alguns continuarão andando em círculos por esse caminho cíclico, outros perceberão a tempo o trajeto repetitivo e começarão a se sentir tontos. É nesse momento em que se percebe que se deve parar de olhar pro alto e passar a olhar para frente, de maneira que o indivíduo possa se dar conta da trilha que percorre. Nada adianta o pássaro ter asas se está numa jaula.

O homem é uma águia em uma jaula. Sonha em voar pelos mais altos céus com as asas abertas, sentindo o vento da liberdade massagear suas penas. Mas tudo que ele vê à frente são grades enferrujadas. Um paraplégico e sua cadeira de rodas. O mundo em chamas, as cinzas no cálice dourado preenchido por sangue denso. E ele ainda continua a andar em círculos...