Há um caminho escuro e sinuoso pelo qual a maioria das pessoas percorrem desde pequenas. Através dele, os bebês começam a engatinhar, até então, passarem a dar os primeiros passos com a ajuda daqueles que se dizem ser os mestres. Mas, o que é fascinante, e oposto do que se espera, é que esses seres jamais aprenderão a andar sozinhos... não enquanto eles estiverem se permitindo a serem guiados por esses auto-intitulados mestres e a serem conduzidos por esse mesmo caminho até o dia em que a morte erguer a palma da mão e interromper sua caminhada.
Enquanto alguns continuarão andando em círculos por esse caminho cíclico, outros perceberão a tempo o trajeto repetitivo e começarão a se sentir tontos. É nesse momento em que se percebe que se deve parar de olhar pro alto e passar a olhar para frente, de maneira que o indivíduo possa se dar conta da trilha que percorre. Nada adianta o pássaro ter asas se está numa jaula.
O homem é uma águia em uma jaula. Sonha em voar pelos mais altos céus com as asas abertas, sentindo o vento da liberdade massagear suas penas. Mas tudo que ele vê à frente são grades enferrujadas. Um paraplégico e sua cadeira de rodas. O mundo em chamas, as cinzas no cálice dourado preenchido por sangue denso. E ele ainda continua a andar em círculos...